Fevereiro Roxo e Laranja: mês de conscientização sobre doenças crônicas - Lúpus

Fevereiro Roxo e Laranja: mês de conscientização sobre doenças crônicas - Lúpus

O mês de fevereiro foi designado com as tonalidades roxo e laranja, com o intuito de sensibilizar a sociedade brasileira sobre Lúpus, Mal de Alzheimer, Fibromialgia e Leucemia. Apesar de impactar um contingente expressivo da população, diversas pessoas ainda não compreendem os desafios enfrentados cotidianamente pelos pacientes portadores de tais enfermidades.

A iniciativa teve início no ano de 2014 em Uberlândia, Minas Gerais, e passou também a ser promovida por organizações não governamentais e pelo Governo Federal.

Neste artigo em questão, dá-se ênfase ao Lúpus, doença essa que atinge pessoas mais jovens, atacando o sistema imunológico.

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma condição autoimune e inflamatória que afeta aproximadamente 65.000 pessoas no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. Calcula-se, portanto, que uma em cada 1.700 mulheres no país seja portadora da doença. Embora possa ocorrer em qualquer idade, raça e sexo, é mais comum em mulheres, especialmente entre os 20 e 45 anos.

O tratamento, personalizado de acordo com o tipo e intensidade do Lúpus em cada paciente, busca aliviar os sintomas. Na fase ativa, podem ser necessários vários medicamentos, enquanto na remissão, poucos ou nenhum.

A prevenção concentra-se em hábitos saudáveis, como dieta equilibrada e evitar exposição excessiva ao sol.

Como citado anteriormente, a origem da doença Lúpus é desconhecida. Porém, é sabido que fatores genéticos, hormonais e ambientais desempenham um papel importante em seu surgimento. Assim, aqueles com predisposição genética para a doença podem, em algum momento, após interações com elementos ambientais como radiação solar, infecções virais ou outros micro-organismos, experimentar mudanças imunológicas. O desequilíbrio na produção de anticorpos, que reagem com as próprias proteínas do organismo, leva à inflamação em diversas parte do corpo, como pele, mucosas, pleura, pulmões, articulações e rins. Logo, os sintomas desenvolvidos dependem do tipo específico de autoanticorpo presente em cada pessoa, vinculado às suas características genéticas, resultando em manifestações clínicas únicas e pessoais para cada paciente com Lúpus.

Além do Lúpus desenvolvido geneticamente ou por desequilíbrio de anticorpos, dá-se também o Lúpus induzido por drogas (LID). Este está diretamente interligado à exposição contínua a fármacos (por mais de 30 dias). O primeiro relato da doença induzido pelo uso de um medicamento (sulfadiazina) se deu no ano de 1945. A ASBAI (Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia) apresenta uma vasta lista de medicamentos relacionados a Lúpus induzido.

Existem muitos casos de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) em que as pessoas não seguem o tratamento adequado, ou por muitas vezes acabam se sentindo tão cansadas e com muita dor que fazem o uso excessivo de substâncias. E este fato, aliado à doença, se torna muito mais grave, visto que o sistema imunológico do paciente está em ataque todo o tempo.

Um fato desconhecido de muitas pessoas é que o Lúpus pode levar à morte, pois, como tal doença ataca os órgãos, se não houver um tratamento adequado e seguido à risca pelo paciente, este pode vir a óbito.

Certamente, a conscientização sobre essas condições, prevenções e tratamentos é crucial para promover o entendimento e o apoio necessário aos pacientes.

O Montanha Alcântara apoia esta causa!

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